A Mara e o Kiro vão buscar-me ao aeroporto. Ele tem o cabelo rapado em certas partes da cabeça e noutras não, para o filme que está a fazer com o Sand. Parece um louco. Mas como é bonito até um penteado destes lhe fica bem. A Mara veste umas calças de algodão justas às flores e uma camisola de malha branca por cima. Dizem-me que o Sand vai ter connosco ao deserto, e metemo-nos no jipe do Kiro.
A festa começou, ao que parece, à tarde. O Sand já lá está e alguém nos diz para o procurarmos perto da piscina. Pelo menos não há muita gente, a casa não parece um palácio, e a música não está tão alta como de costume. Não há ninguém a servir bebidas. Parece ser uma reunião mais calma. O Sand vê-nos e vem ao nosso encontro. Beija-me e agarra-me num abraço longo, depois pega em mim ao colo e faz-me girar no ar. Está drogado. Olho para a Mara e ela faz-me sinal de que não há problema. O jantar é estilo self service e tenho fome, por isso vou ver o que se pode comer. O Sand não me larga e vai comigo para todo o lado. Encho um prato com salada e lasanha vegetariana, e tiro champanhe do gelo. Depois vamos sentar-nos ao pé da piscina. A Mara e o Kiro desapareceram. Como e sinto-me menos cansada, e o champanhe começa a fazer efeito. O Sand vai buscar mais. Depois pergunta-me se foi bom ter confiado nele quando tomámos os cogumelos alucinogénios. Respondo-lhe que sim. Então diz-me que agora tenho que confiar nele outra vez, e dá-me um comprimido verde claro.
- What’s this? – pergunto-lhe.
- It will make you feel good. – explica-me.
- I don’t like drugs so much, Sand, you know that. – digo-lhe.
- How do you know you don’t like them if you don’t try them? – replica.
- But what is it?
- It’s an upper.
- I don’t want it. – digo, devolvendo-lhe o comprimido.
- Please, Lara, do it. Why can’t you trust me? Do you think I’d ever give you anything that would hurt you?
- No, I don’t. – respondo.
- So what’s the problem? Let’s just have fun together!
Pego no comprimido e ponho-o na boca. Depois dou dois golos no champanhe e espero não me arrepender. Ele sorri e diz-me:
- Welcome to my little world of wonder!
Toca The Doors, e não pára de chegar gente à festa. Começo a ver caras conhecidas, cada vez mais, e penso que preferia não estar ali. No entanto as pessoas estão calmas, embora sorridentes, e a música está bem escolhida para a ocasião. A Mara e o Kiro voltam, agarrados, divertidos, também a beber champanhe, que parece ser a bebida da noite. Sentam-se ao pé de nós e outras pessoas vêm dizer-lhes olá. Reconheço um rapaz que já vi várias vezes em filmes com o Sand e com a Mara. Faz-me lembrar o Jonas. Tem uma voz cativante, e o seu sotaque agrada-me. Fuma um charro de erva que daí a pouco me vem parar à mão.
- Careful. – avisa. – It’s strong stuff. – engasga-se. – From Amsterdam.
- Thanks. – agradeço.
- My name is Corry. – apresenta-se.
- I’m Lara. – sorrio-lhe. Já sabia o seu nome. Fumo um pouco do charro, depois passo-o à Mara, que me manda um beijo pelo ar e também está drogada. Começo a sentir umas contrações agradáveis no estômago, e encosto-me ao Sand, que me agarra enquanto fala com o Kiro. Este último está com um ar cada vez mais alucinado. Eu fico com uma súbita vontade de falar, e peço um cigarro ao Corry. Ele diz-me que não fuma, só charros, mas que tem pena, porque acha que fumar deve ser óptimo.
- So why don’t you start smoking? – pergunto-lhe. E outro rapaz, lindíssimo, que também conheço dos filmes e está sentado ao lado do Corry, oferece-me um cigarro.
- Oh, thank you so much! – digo-lhe, com um grande sorriso, e as contrações no estômago são cada vez mais fortes, especialmente quando ele me acende o cigarro e começo a fumar.
- My pleasure. – responde o rapaz, com a sua voz meio rouca.
- Because, I don’t know. – diz o Corry, ainda sobre os cigarros. – I just never did. I guess ‘cause I also find it kinda stupid.
- Well, it’s really nice. – digo-lhe.
- Yeah, right now especially. – acrescenta o outro rapaz, que de seguida se vira para mim e se apresenta:
- I’m Kris.
- I’m Lara. – digo-lhe. - Good to meet you. – depois acrescento, olhando para o Corry e apreciando o cigarro que fumo:
- Although smoking is stupid.
- I think you should try it. – opina o Kris.
- You should. – digo ao Corry.
- Line? – pergunta uma miúda, que deve ter uns quatorze anos e é mais famosa do que todos eles juntos. Trás consigo um espelho com o que penso serem algumas linhas de cocaína, preparadas para cheirar. O Sand responde-lhe: - Yeah! – e pega no espelho. A rapariga senta-se, passa-lhe um pequeno cilindro de metal, e ele utiliza-o para cheirar uma linha. Depois passa o espelho à Mara.
- Thanks, Darla! – agradece o Sand. Ela ainda se parece muito com a menina que era no filme que a fez famosa. Sorri e é realmente bonita, tem uma cara rechonchuda e uma boca de bebé. A Mara cheira uma linha e passa-me o espelho. Eu agradeço, mas digo-lhe que não quero.
- Please, Lara. – pede-me o Sand ao ouvido. Estivémos sempre agarrados, enquanto ele falava com o Kiro e eu com o Corry e com o Kris.
- But I feel fine. – respondo.
- I have an idea! – diz o Corry.
- What? – pergunto-lhe, sorrindo e terminando o meu delicioso cigarro.
- If you take a line, I’ll smoke a cigarette!
- Seams like a good deal. - concorda o Kris.
A Mara sorri e pisca-me o olho:
- It’s cool, Lara.
- All right, I’ll do it. But what is it?
- Coke. – responde-me o Sand.
Inalo uma linha e a sensação no nariz é fresca. A cocaína cheira a remédio. O Kris dá um cigarro ao Corry, este põe-no na boca, fica com um ar tremendamente sensual, e eu passo o espelho ao Kiro, que também agradece, mas não quer. Então devolvo-o à Darla, e ela está a acender o cigarro do Corry, a rir-se, e a dizer:
- You definitely look good with it in your mouth!
A sensação de frescura da cocaína começa a descer pela minha garganta, e o meu nariz parece ficar dormente. O Corry também cheira uma linha. Peço outro cigarro ao Kris. Ele dá-me, e digo-lhe que quero ser eu a acendê-lo porque me apetece mesmo acender um cigarro.
- Sure, Lara, never worry. – e passa-me o isqueiro.
- Thanks, Kris.
Acendo o cigarro e sabe-me ainda melhor que o outro. Pergunto ao Corry:
- How’s yours?
Ele responde-me:
- Delicious!
- Just like mine. – concordo.
A festa começou, ao que parece, à tarde. O Sand já lá está e alguém nos diz para o procurarmos perto da piscina. Pelo menos não há muita gente, a casa não parece um palácio, e a música não está tão alta como de costume. Não há ninguém a servir bebidas. Parece ser uma reunião mais calma. O Sand vê-nos e vem ao nosso encontro. Beija-me e agarra-me num abraço longo, depois pega em mim ao colo e faz-me girar no ar. Está drogado. Olho para a Mara e ela faz-me sinal de que não há problema. O jantar é estilo self service e tenho fome, por isso vou ver o que se pode comer. O Sand não me larga e vai comigo para todo o lado. Encho um prato com salada e lasanha vegetariana, e tiro champanhe do gelo. Depois vamos sentar-nos ao pé da piscina. A Mara e o Kiro desapareceram. Como e sinto-me menos cansada, e o champanhe começa a fazer efeito. O Sand vai buscar mais. Depois pergunta-me se foi bom ter confiado nele quando tomámos os cogumelos alucinogénios. Respondo-lhe que sim. Então diz-me que agora tenho que confiar nele outra vez, e dá-me um comprimido verde claro.
- What’s this? – pergunto-lhe.
- It will make you feel good. – explica-me.
- I don’t like drugs so much, Sand, you know that. – digo-lhe.
- How do you know you don’t like them if you don’t try them? – replica.
- But what is it?
- It’s an upper.
- I don’t want it. – digo, devolvendo-lhe o comprimido.
- Please, Lara, do it. Why can’t you trust me? Do you think I’d ever give you anything that would hurt you?
- No, I don’t. – respondo.
- So what’s the problem? Let’s just have fun together!
Pego no comprimido e ponho-o na boca. Depois dou dois golos no champanhe e espero não me arrepender. Ele sorri e diz-me:
- Welcome to my little world of wonder!
Toca The Doors, e não pára de chegar gente à festa. Começo a ver caras conhecidas, cada vez mais, e penso que preferia não estar ali. No entanto as pessoas estão calmas, embora sorridentes, e a música está bem escolhida para a ocasião. A Mara e o Kiro voltam, agarrados, divertidos, também a beber champanhe, que parece ser a bebida da noite. Sentam-se ao pé de nós e outras pessoas vêm dizer-lhes olá. Reconheço um rapaz que já vi várias vezes em filmes com o Sand e com a Mara. Faz-me lembrar o Jonas. Tem uma voz cativante, e o seu sotaque agrada-me. Fuma um charro de erva que daí a pouco me vem parar à mão.
- Careful. – avisa. – It’s strong stuff. – engasga-se. – From Amsterdam.
- Thanks. – agradeço.
- My name is Corry. – apresenta-se.
- I’m Lara. – sorrio-lhe. Já sabia o seu nome. Fumo um pouco do charro, depois passo-o à Mara, que me manda um beijo pelo ar e também está drogada. Começo a sentir umas contrações agradáveis no estômago, e encosto-me ao Sand, que me agarra enquanto fala com o Kiro. Este último está com um ar cada vez mais alucinado. Eu fico com uma súbita vontade de falar, e peço um cigarro ao Corry. Ele diz-me que não fuma, só charros, mas que tem pena, porque acha que fumar deve ser óptimo.
- So why don’t you start smoking? – pergunto-lhe. E outro rapaz, lindíssimo, que também conheço dos filmes e está sentado ao lado do Corry, oferece-me um cigarro.
- Oh, thank you so much! – digo-lhe, com um grande sorriso, e as contrações no estômago são cada vez mais fortes, especialmente quando ele me acende o cigarro e começo a fumar.
- My pleasure. – responde o rapaz, com a sua voz meio rouca.
- Because, I don’t know. – diz o Corry, ainda sobre os cigarros. – I just never did. I guess ‘cause I also find it kinda stupid.
- Well, it’s really nice. – digo-lhe.
- Yeah, right now especially. – acrescenta o outro rapaz, que de seguida se vira para mim e se apresenta:
- I’m Kris.
- I’m Lara. – digo-lhe. - Good to meet you. – depois acrescento, olhando para o Corry e apreciando o cigarro que fumo:
- Although smoking is stupid.
- I think you should try it. – opina o Kris.
- You should. – digo ao Corry.
- Line? – pergunta uma miúda, que deve ter uns quatorze anos e é mais famosa do que todos eles juntos. Trás consigo um espelho com o que penso serem algumas linhas de cocaína, preparadas para cheirar. O Sand responde-lhe: - Yeah! – e pega no espelho. A rapariga senta-se, passa-lhe um pequeno cilindro de metal, e ele utiliza-o para cheirar uma linha. Depois passa o espelho à Mara.
- Thanks, Darla! – agradece o Sand. Ela ainda se parece muito com a menina que era no filme que a fez famosa. Sorri e é realmente bonita, tem uma cara rechonchuda e uma boca de bebé. A Mara cheira uma linha e passa-me o espelho. Eu agradeço, mas digo-lhe que não quero.
- Please, Lara. – pede-me o Sand ao ouvido. Estivémos sempre agarrados, enquanto ele falava com o Kiro e eu com o Corry e com o Kris.
- But I feel fine. – respondo.
- I have an idea! – diz o Corry.
- What? – pergunto-lhe, sorrindo e terminando o meu delicioso cigarro.
- If you take a line, I’ll smoke a cigarette!
- Seams like a good deal. - concorda o Kris.
A Mara sorri e pisca-me o olho:
- It’s cool, Lara.
- All right, I’ll do it. But what is it?
- Coke. – responde-me o Sand.
Inalo uma linha e a sensação no nariz é fresca. A cocaína cheira a remédio. O Kris dá um cigarro ao Corry, este põe-no na boca, fica com um ar tremendamente sensual, e eu passo o espelho ao Kiro, que também agradece, mas não quer. Então devolvo-o à Darla, e ela está a acender o cigarro do Corry, a rir-se, e a dizer:
- You definitely look good with it in your mouth!
A sensação de frescura da cocaína começa a descer pela minha garganta, e o meu nariz parece ficar dormente. O Corry também cheira uma linha. Peço outro cigarro ao Kris. Ele dá-me, e digo-lhe que quero ser eu a acendê-lo porque me apetece mesmo acender um cigarro.
- Sure, Lara, never worry. – e passa-me o isqueiro.
- Thanks, Kris.
Acendo o cigarro e sabe-me ainda melhor que o outro. Pergunto ao Corry:
- How’s yours?
Ele responde-me:
- Delicious!
- Just like mine. – concordo.